Mulheres se unem em busca de direitos

25/11/2015

Em meados dos anos 1960, o movimento feminista ganhou força no Brasil, com o intuito de garantir igualdade de direitos e buscar a emancipação da mulher.

Vítimas da sociedade patriarcal, as mulheres sofrem há muitos anos com falta de direitos e com a violência, mas a partir do momento que se organizaram os movimentos feministas tiveram grandes conquistas, a exemplo do voto, da lei Maria da Penha, que trata a violência contra mulher na sua plenitude, e neste ano de 2015 a lei do feminicídio, que caracteriza o assassinato de mulheres pelo motivo de ser mulher crime hediondo, mas além desses avanços é necessário ainda mais, pois a violência física, psiquica e verbal é uma realidade, já no mercado de trabalho temos mulheres recebendo menos que os homens na mesma atividade, é necessário reconhecer os avanços sem esquecer que é preciso mais.

 

 

O Espírito Santo de acordo com o estudo do Mapa da Violência de 2015,é o segundo estado brasileiro que mais mata mulheres, são 5,8 para cada 100 mil habitantes. No caso das mulheres negras os números são mais preocupantes, segundo a ONU mulher, a taxa de homicídios contra elas no Brasil cresceu 190,9% entre 2003 e 2013. O que mostra que é preciso apronfundar mais nos avanços e políticas efetivas de enfretamento a violência contra a mulher no estado.

 

 

Durante o mês de novembro mulheres negras de todo o Brasil, incluindo o Espírito Santo, marcharam pelas ruas em prol da garantia do direito à vida e à liberdade, pelo fim da violência e do machismo, pela promoção da igualdade racial, pelo direito ao trabalho e ao emprego e por muitos outros direitos que lhes são retirados.

 

 

Porém o que levou milhares de mulheres a se manifestarem foi o Projeto de Lei 5069/13, proposto pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha, o qual tipifica como crime contra a vida o anúncio de meio abortivo e prevê penas específicas para quem induz a gestante à prática de aborto. Este projeto é um retrocesso na luta das mulheres em desacordo com o controle da sociedade diante dos seus corpos, pois se aprovado, vítimas de violência sexual terão o acesso dificultado ao Sistema Único de Saúde (SUS), as mulheres terão que passar por uma delegacia e fazer exame de corpo de delito antes de receber atendimento com a medicação que possibilidade a interrupção do desenvolvimento do óvulo.

 

 

Muitas mulheres vítimas de violência não denunciam no ato e principalmente se sentem envergonhadas em procurar uma delegacia o mais rápido possível. Essa lei contribui para o constrangimento e pressiona as mulhereres, pois sem o medicamento aumenta a possibilidade de uma gravidez indesejada. Um grande retrocesso para as mulheres no Brasil que lutam pelos seus direitos e pelo direito de escolher ter filhos ou não.

 

 

Conquistas alcançadas com tanto esforço e luta não devem ser retiradas, pois como slogan do movimento feminista diz: “Meu corpo, minhas regras”. Que a luta feminista ganhe mais força a cada dia, para mostrar à sociedade que as mulheres têm direito à vida, a igualdade e dignidade.

Notícia postada por:

FACEBOOK

FAÇA PARTE

FENTEC
CUT
CFT

SINDICALIZE-SE