AS ENCHENTES E AS LIÇÕES QUE FICAM

03/02/2020

AS ENCHENTES E AS LIÇÕES QUE FICAM

 

O Sintec-ES se manifesta solidário com todas as famílias que sofreram com as enchentes deste anonos estados do Espírito Santo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Não há como se sensibilizar diante das tragédias que aconteceram em várias cidades desses estados, que geraram dezenas de mortes e milhares de desabrigados e desalojados com inundações de rios e deslizamentos de morros.

Causaram sentimentos de muito pesar, mas também gestos humanitários de toda ordem, demonstrando o espírito de solidariedade do povo brasileiro, independentemente de religiões, etnias e orientações pessoais em geral.

Mesmo assim, torna-se necessário acrescentar à esta nota de solidariedade um parêntese de preocupação com o próximo verão, quando novamente teremos – como de costume, chuvas torrenciais, só que, cada vez mais potentes, em decorrência dos efeitos do aquecimento global, um fenômeno negado por alguns, mas uma certeza estudada e comprovada pelos cientistas do mundo inteiro.

Como a maioria dos leitos dos rios, córregos e lagoas estão muito assoreados – principalmente por falta de proteção das suas margens, cujas matas ciliares foram dizimadas para dar lugar a pastos, plantações e construções – somados a um volume de águas das chuvas crescente em leitos rasos, tem-se como resultado óbvio mais inundações. E isto não é castigo divino. É falta de planejamento, de ações erradas da humanidade como a destruição dos ambientes naturais, e ausência de políticas públicas preventivas.

Não há mais como aceitar pacificamente, entre outros desatinos, a continuidade do desmatamento ou a construção de obras invadindo rios e outros ambientes hidrográficos sem nenhum critério técnico plausível, na maioria das vezes contando com apoio de “autoridades” de governos em todos os níveis da administração pública. E com isto, aumentando o risco de desabamentos, destruição, mortes e outras consequências evitáveis. Procuremos apoio dos técnicos para iniciativas que devem contar com conhecimentos técnicos para sua efetivação.

Enquanto isso, devemos participar e acompanhar a reconstrução das cidades atingidas e o restabelecimento das famílias que perderam entes queridos e todos os seus bens. E se possível, corajosamente, não deixar que os mesmos erros do passado recente se repitam mais uma vez.

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